Alunos (as) de escolas rurais participam de capacitação sobre manejo de horta, pomar e bioágua 6c12x

Atualmente, organizações sociais como a Cáritas Diocesana de Pesqueira entendem como é importante trabalhar nas crianças e nos jovens a preservação do meio ambiente em diversos aspectos, seja na produção orgânica dos alimentos, na reutilização da água e na captação das chuvas. Nesse contexto, a instituição executa em cinco escolas da zona rural dos municípios de Pesqueira, Buíque e Sertânia, o projeto Águas para Educar.

O projeto consiste na construção de cisternas para a captação de água das chuvas com capacidade para armazenar 52 mil litros; e implantação de sistemas de reuso de águas residuais (bioágua), para a produção de hortas e pomares nas escolas beneficiadas. Ele é executado pela Cáritas Diocesana de Pesqueira, em parceria com Fundação Avina e Água Ama, água mineral produzida pela AMBEV. 

Durante o processo de implantação das tecnologias sociais e da produção orgânica, toda a comunidade escolar é envolvida nos processos formativos, fazendo com que os próprios pais, funcionários (as) e principalmente os (as) alunos (as) se envolvam nas atividades, e sejam agentes transformadores da realidade da escola na Convivência com o Semiárido.

Em Pesqueira, a Escola Municipal Governador Eduardo Henrique Accioly, na comunidade Quilombola Negro do Osso, foi a instituição contemplada com o Águas para Educar. Com a chegada do projeto, a comunidade escolar ou por capacitações de Gerenciamento de Recursos Hídricos (GRH), e de manejo de horta, pomar e bioágua.

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Na última segunda-feira (20), uma atividade na escola reuniu os alunos do sexto e sétimo ano para aprender sobre práticas de manejo do bioágua, horta e pomar. “Nessa atividade eles conheceram o projeto, sabendo da importância que ele traz para a comunidade e para sua formação enquanto pessoa. Falamos da importância de uma alimentação saudável e os benefícios da horta e do pomar na merenda da escola”, salientou o técnico do projeto, Guilherme Silva.

Para dona Joana Bezerra, moradora da comunidade e também estudante da escola quilombola, o projeto foi a melhor coisa que já aconteceu na instituição. ” Nós estávamos muito esquecidos e o povo desacreditado. Ai a Cáritas veio e está nos dando a oportunidade de aprender novas práticas, que podemos também levar para as nossas casas”, contou.

Na quarta-feira (22), a capacitação aconteceu na Escola Estadual Indígena Kapinawá, na Aldeia Mina Grande, no município de Buíque. Juntamente com pais, professores (as) e alunos (as), a atividade ensinou técnicas de manejo da horta, onde os (as) estudantes puderam aprender sobre os canteiros, viveiros e plantaram algumas mudas.

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A temática da Convivência com o Semiárido, discutida há algum tempo entre especialistas, governos, organizações sociais e agricultores e agricultoras, parte do princípio de que é possível viver bem e com qualidade mesmo diante das adversidades. Para isso, no entanto, é necessário que se desenvolvam métodos e culturas de convivência adequadas ao meio ambiente, e que exista a integração adequada entre as pessoas e a natureza.

Parte desse processo de adaptação começa dentro das escolas, onde os professores desmistificam a ideologia estereotipada que reforça a representação do Semiárido como um lugar de pobreza, improdutividade e miséria, negando dessa forma todo o potencial da região e do seu povo.

Por Núcleo de Comunicação da Cáritas Diocesana de Pesqueira


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